Alagoas, está completando hoje, 204 anos, de existência e também de resistência, enfrentando todas as dificuldades, sendo um pequeno Estado, localizado na Região do Nordeste do Brasil, já atravessou muitos desmandos , mas seu povo enfrentando a seca, o desemprego, a abandono em áreas essenciais como saúde, educação, segurança pública e cultura, nem por isso deixou de germinar em sua terra fértil em talentos que brotam vigorosos prontos para fazerem novas semeaduras.
Nesse sentido, podemos citar, alguns, entre os muitos, a exemplo de José Rodrigues Calazans, conhecido como Jararaca, maceioense, autor de muitos sucessos, a exemplo de “Mamãe eu Quero” e “Caterina”, considerado o primeiro baião e primeiro rojão, que, segundo o pesquisador José Lessa Gama, foi apresentado no Teatro Nacional, em 1928, por Augusto Calheiros, alagoano de Murici, conhecido nacionalmente como “O Patativa do Norte”.
Outro talento que também escreveu a história da Música Popular Nordestina foi Gerson Filho, alagoano de Penedo, que também, segundo comenta José Lessa, no site forroalagoano.com.br, foi o percursor da gravação em sanfona de 8 Baixos, criador da Quadrilha, como gênero musical, que aos 12 anos compôs do Baião “Choveu m Minha Roça”, no ano de 1927.
Faço referência também Clemilda, a Rainha do Forró, primeira mulher a gravar o gênero Vaquejada e Aboios, mulher desbravadora, que cantou o guerreiro e outros folclores alagoano, sem falar na nova geração, com Milla do Acordeon, destacando-se nacionalmente, como um dos maiores acordeonistas do Braile, isso no ambiente do forró, mas Alagoas tem artistas geniais em todos os gêneros musicais, como o sambista Jorge Costa autor de sucessos como Triste Madrugada. Do Município de Santa Luzia do Norte, terra do maravilhoso ator, Chico de Assis, temos Maestro Fon Fon, e do Município de Satuba, temos Maestro Heckel Tavares, que assim como Maestro Fon Fon, destacou-se internacionalmente.
Refiro-me a esses geniais artista da antiga geração, para revisar um pouco a história passada, mas na história recente temos, Djavan, Eliezer Setton, Sandro Beck, Sandoval do Forró, Tião Marcolino, Xameguinho, Milla do Acordeon , tantos que já partiram, como Mestre Zinho, Zé Mocó, João do Pifé, Afrisio Acácio, bem como a nova geração que está brotando dessa terra fértil, mesmo sem a irrigação das políticas públicas segmentadas para esse setor.
Parabéns Alagoas, pelos seus 204 anos de Independências, brotando artistas geniais !