O mestre de guerreiro Benon Pinto da Silva morreu na noite de quinta-feira (28), aos 79 anos, em decorrência de uma hemorragia causada por complicações da Chikungunya. Mestre Benon era considerado Patrimônio Vivo de Alagoas pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, desde 2006.
Criador do famoso Guerreiro Treme-Terra das Alagoas, no bairro da Chã de Bebedouro, adotou Alagoas como seu Estado de coração. Foi ainda criança, no município de Cajueiro, que conheceu o Guerreiro. Aos sete anos já se metia no meio das brincadeiras. Aos dez anos, passou a ser caboclinho no Guerreiro da mestra Joana Gajuru, depois vassalo, índio Peri e embaixador.
O Mestre também confeccionava pequenos chapéus de Guerreiro e enfeites da dança que rodaram o mundo, sendo exportados para Estados Unidos, Japão e Europa.
A Secretaria de Estado da Cultura lamenta a morte do Mestre que deixa grande legado para as manifestações tradicionais do Guerreiro. “Há mais de 50 anos, Mestre Benon exercia um papel importante para o folclore alagoano. Sua garra era exemplo para todos, e ele se orgulhava da sua arte. A cultura alagoana está em luto por sua partida”, declarou a secretária Mellina Freitas.
Segundo José Lessa, merece destacar que mestre Benon, era também, cantor e compositor e sanfoneiro, chegado a ter uma casa de forró. Também iniciaram sua vida artística no Guerreiro e Reizado, Gerson Filho, Joci Batista e Mestre Zinho