No próximo dia 13 de dezembro, do corrente ano, a cidade de  João Pessoa estará sediando o IV Encontro Nacional de Forrozeiros e o III Fórum Nacional de Forró de Raiz, recebendo forrozeiros de todos os  cantos do país, em especial dos 14 Estados integrantes do Fórum Nacional do Forró de Raiz, formado pelos 9 Estados do Nordeste, os 4 Estados do Sudeste, mais o Distrito Federal.

O evento, que homenageia o forrozeiro Genival Lacerda, (in memorian),  reunirá na cidade de João Pessoa, no Espaço Cultural José Lins do Rego e na Usina Cultural Energisa, artistas, detentores dos conhecimentos das matrizes do Forró, membros convidados das comunidades Forrozeiras de todo o país, além de produtores culturais, comunicadores, pesquisadores e gestores de instituições culturais públicas e privadas. Também estão sendo esperadas as presenças de diversos ícones do forró, a exemplo de Assisão, Anastácia, Flavio José, Elba Ramalho, Flávio Leandro, entre outros, uma vez que nessa ocasião a comunidade forrozeira estará recebendo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, o Registro do Forró como  Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

A luta pelo Registro do Forró como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, que vem sendo travada há cerca de 12 anos, não termina com a entrega desse valioso certificado à comunidade forrozeira, pelo contrário é apenas o começo de uma nova batalha, desta feita pelas Salvaguardas de suas Matrizes, xote, xaxado, baião, arrasta-pé, coco e rojão, bem como, pela Salvaguarda de muitos elementos que compõem o forró de raiz e que estão desaparecendo, a exemplo da sanfona de 8 baixos.

É necessário, que além do título de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, a comunidade forrozeira, organizada em suas entidades representativas, a exemplo das Associações de Forrozeiros,  deem continuidade, as discussões sobre políticas públicas e leis garantidoras da presença do forró de raiz e seus representantes, de forma majoritária, nos eventos juninos, pois esse gênero musical representa a cultura de uma região do país, é símbolo da cultura nordestina possuindo características próprias e não pode ser confundido com outros estilos musicais, como piseiro, axé, forronejo, arrocha, entre outros que se intitulam forró,  na tentativa de apropriar-se  do prestígio construído pelo forró, ao longo de sua história.  Portanto, se a luta é em defesa do forró, essas diferenças precisam ser respeitadas.

Nessa direção o IV Encontro Nacional de Forrozeiros e o III Fórum Nacional de Forró de Raiz realizará debates sobre os principais temas de interesse das comunidades Forrozeiras e discutirá políticas públicas para promoção e valorização do Forró tradicional. Para José Lessa,   representante do Fórum do Forró de Raiz, em Alagoas, esse será um momento único na histórica do forró, e Alagoas, terra de tantos pioneiros, a exemplo de Gerson Filho, Clemilda, Jacinto Silva, Joci Batista. Durval Vieira, Duda Santos, Sandro Becker, Peterpan, José Cândido, e tantos outros artistas que ajudaram a escrever a história do forró, como gênero musical, não poderia estar ausente, e com muito esforço nosso Estado estará levando para esse grande evento, uma delegação com mais de 40 pessoas, entre pesquisadores, cantores, compositores e produtores culturais, que compõem a cadeia produtiva do forró.

Vamos com fé, que a fé não costuma falhar!!!

Viva o Forró e a Cultura Nordestina !!!

Viva os Forrozeiros !!!

 

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