A Associação dos Forrozeiros de Alagoas – ASFORRAL, levou forro e muita cultura popular alagoana e nordestina, para o Espaço de Dança Geruza Malta, localizada no canteiro da Av. Silvio Viana, na Rua Fechada, da Praia de Ponta Verde. Essa ação que a Associação dos Forrozeiros, vem desenvolvendo, levando o forró para todos os cantos da cidade, visa resgatar e ao mesmo tempo difundir o forró e seus intérpretes, músicos, cantores e compositores, que durante todo ano, dedicam-se a esse gênero musical, que hoje é certificado, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.
Da esquerda pra direita: Xexéu; Sandoval do Forró e Xameguinho – Foto: Karol Lessa (www.forroalagoano.com.br)
Essa atividade de cunho cultural e pedagógico que a ASFORRAL, vem desenvolvendo, nas escolas, nas comunidades, bem como em espaços de lazer, a exemplo do Espaço de Dança Geruza Malta, onde aos domingos, é um ponto de encontro de maceioenses e turistas que visitam a cidade de Maceió, visa, entre seus objetivos, realizar um trabalho de resgate e difusão do forró, falando sobre a história e a importância do forró, para além de um simples gênero musical, como uma manifestação fundamental na construção da identidade alagoana e nordestina.
Negão dos 8 Baixos Foto: Karol Lessa (www.forroalagoano.com.br)
Nesse sentido, para realizar as interpretações das músicas e ritmos que caracterizam o forró e suas matrizes, como xote, xaxado, coco, arrasta pé e baião, a ASFORRAL levou para essa atividade, o cantor, compositor e também percussionista, Sandoval do Forró, acompanhado por Xameguinho, na sanfona, e Xexéu, no zabumba, e o sanfoneiro de 8 Baixos, Manuel Francisco, popularmente conhecido como Negão dos 8 Baixos, no sentido de apresentar para as novas gerações, esse importante instrumento, que marca a origem do forró.
José Lessa- Foto: Karol Lessa (www.forroalagoano.com.br)
Em Maceió, conforme esclareceu José Lessa, Presidente da ASFORRAL, segundo o grande pesquisador e folclorista Théo Brandão, em seu livro Folclore de Alagoas “já na década de 1880, no Bairro de Bebedouro, nas festas joaninas, já se tocava coco, com o acompanhamento de uma boa sanfona pé duro”, sendo portanto a sanfona de 8 Baixos, também conhecida como pé duro, pé de bode e também harmônica, um importante elemento do forró, que precisa ser salvaguardado, haja vista, que hoje, está enfrentando um processo de extinção.