Por Rosiane Pedrosa (Economista e Produtora Musical)
Morreu, na manhã dessa quarta-feira, 09 de novembro, em São Paulo, a cantora Gal Costa, com uma afinação privilegiada, era dona de uma das mais belas vozes do país, quem sabe até do mundo. Encantado, o Brasil assistiu e aplaudiu a evolução da quase menina, irrequieta, dos Festivais de Música da Record, na década de 1960, passando pela Sex Symbol da Tropicália, a serena beleza de mulher madura, na plenitude de seus 77 anos.
Gal mudou sua aparência, maneira de vestir-se e comportar-se, como, claro, todos nós, com o passar do tempo, mas sua voz permaneceu bela, adequando-se ao tempo, aperfeiçoando sua técnica e experiência, atravessando tranquila e bela, diferentes gerações de fãs que amadureceram ouvindo seus inúmeros sucessos.
Voz de diamante, Gal Costa foi uma cantora que passeou por todos os ritmos, frevo, samba, bossa nova, inclusive forró. a exemplo do belíssimo dueto que fez com Luiz Gonzaga, gravando, em seu disco “Profana” , de 1984, o xote do repertório de Jakson do Pandeiro, denominado “Tem Pouca Diferença”. composição do alagoano, do Município de Palmeira dos Índios, Durval Vieira, um dos maiores compositores do Brasil, nesse gênero musical.