Trio Abanos do forróFoto: Karol Lessa (www.forroalagoano.com.br)

Contemplada pelo Edital de Chamada Pública nº 001/2023 da da Fundação Municipal de Ação Cultural – FMAC,  a Associação dos Forrozeiros de Alagoas, deu início no dia 23 de junho, as apresentações  dos 20 (vinte), Trios de Forró, conforme determina o citado  Edital, que  até o dia 29 de junho, estarão, no Coreto de Jaraguá,  mostrando o que é forró de raiz, sempre no horário das 19h até as 23 horas.

 

Apesar da deficiência estrutura dessa  dessa preciosidade histórica, que é o Coreto de Jaraguá,   construido em 1927,  conhecido, no passado, como Coreto da Avenida da Paz e bem frequentado pelos intelectuais da época, definitivamente não é um local apropriado para esse tipo de evento, apresentações de grupos musicais, principalmente no inverno, pois é aberto por todos os lados e devido a altura, qualquer chuvisco, põe em risco os equipamento de som, enchendo todo espaço de água, possibilitando a ocorrência de acidente, devido a passagem de corrente elétrica, que pode atingir a qualquer pessoa que esteja utilizando um microfone ou outro equipamento, condição totalmente  diferenciado é o Palco consagrado aos grandes astros, a exemplo de  Ivete Sangalo , Wesley Safadão, Gustavo Lima, entre outros, que estão se apresentando em um Palco com toda segurança e beleza estética, luz, painéis de led, etc., basta olhar o palco do forro e o palco dos grandes astros globais, para perceber, para entender o tratamento diferenciado que é dado a cada um deles.

                            

Contudo,   apesar de tudo isso, a beleza e força da música nordestina enfrenta essas barreiras, como diz o Provérbio 24:10 ” Se enfraqueces no dia da angústia, a tua força é pequena.” (BIBLIA.com), É  nessa direção que a ASFORRAL e todos aqueles que  amam o genuíno forró e respeitam a cultura nordestina, não se rendem ao poder do grande capital, cuja visão puramente mercadológica, super valoriza aos artistas que estão presente na grande mídia e esquecem da cultura nordestina, e o mês de junho, que sempre foi do forró e dos forrozeiros, hoje agonizante, luta pela sobrevivência, e parafraseando o grande sambista Nelson Sargento, referindo-se ao samba de raiz, o forró, símbolo maior da cultura e da identidade nordestina, “agoniza, mas não morre”, haverá de sobreviver, para essa e para as futuras gerações.

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