A CARTA DE JOÃO PESSOA/PB, EM DEFESA E SALVAGUARDA DAS MATRIZES DO FORRÓ.

Bandeira do Forró

Os participantes do Encontro Nacional para Salvaguarda das Matrizes do Forró, reunidos na cidade de João Pessoa, no dia 10 de setembro de 2015, elaboraram algumas diretrizes para a Instrução Técnica do Registro das Matrizes do Forró como Patrimônio Cultural do Brasil, a serem encaminhadas ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Antonio Barros, Cecéu e José Lessa em João Pessoa

As matrizes envolvem gêneros musicais (baião, xote, xaxado, arrasta-pé, rojão, etc.) e também danças, festas, modos de fazer instrumentos musicais, lugares especiais onde tais referências culturais são mais simbólicas, etc. Nesse sentido, a Instrução Técnica do Registro deve definir a estrutura rítmica, melódica e harmônica das matrizes forrozeiras selecionadas pela solicitação de Registro realizada em 2011, devendo também promover estudos transdisciplinares a fim de contemplar a complexidade fenomenológica das matrizes forrozeiras, reunindo profissionais da antropologia, etnomusicologia, história, música, artes (dança e performance), letras, entre outros, envolvendo sempre no trabalho a participação direta da comunidade forrozeira.

O processo de salvaguarda deve promover a formação de gestores públicos municipais e estaduais na área de cultura em torno da elaboração de projetos voltados para as mais diversas demandas das comunidades forrozeiras espalhadas pelo território brasileiro, especialmente no Nordeste.

Joana Alves – coordenadora do Fórum

A Carta de Diretrizes, elaborada no I Encontro Nacional de Forrozeiros, realizado em 15 de dezembro de 2018, em João Pessoa /PB, entre outras alerta para o fato de que a Instrução Técnica para Salvaguarda das Matrizes do Forró, deve observar que as matrizes do forró::
– se inspiram, entre outras influências, em fontes artístico-culturais africanas e ameríndias;

– vivencia e canta o cotidiano (a vida dos trabalhadores, os amores, os processos migratórios, as brincadeiras de “duplo sentido”, etc.), as alegrias e as tristezas do “povo nordestino” e temas socioculturais como “cangaço”, “seca”, “natureza”, “saudades”, “êxodo”, etc.; […]
Essa é uma luta justa e relevante, para o forró, para os forrozeiros e para todo povo nordestino. O Registro do Forró como Patrimônio Cultural imemorial Nacional, abri portas para inclusão de política públicas voltadas para a valorização da cultura nordestina, abrindo um vasto campo de atividades culturais e econômica que giram em torno desse do forró.

Independente de onde resida a partir de amanhã www.forroalagoano.com estará postando trabalhos dos  forrozeiros comprometidos na defesa da luta pela transformação do “forró e suas matizes em Patrimônio Imemorial Brasileiro. É só nos enviar.

Parabéns a grande família forrozeira!!!
Vamos seguir firme nessa luta, pois a vitória será consequências da nossa firmeza e determinação.

Para baixar a Carta de São Pessoa. Clique aqui

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