Hoje faz exatamente 4 anos que perdemos a Rainha Clemilda, alagoano de São José da Lage que nasceu no dia 01 de setembro de 1936 e teve uma das mais belas pagina da História do Forró.
Clemilda nunca pensou em ser cantora, mais em virtude da necessidade de ter que esperar a partida do ônibus para a localidade que morava, aproveitava e ia assistir ao Programa Crepúsculo Sertanejo na Rádio Marink Veiga, programa que Gerson Filho era artista contratado.
Convida a cantar, Clemilda logo em seguida conhece Gerson Filho em 1964 no restaurante em que trabalhava e assim começou as relações entre o Rei dos 8 Baixos e a futura Rainha Clemilda, ele sanfoneiro já afamado e ela uma jovem artista que em pouco tempo vinria a se tornar uma das duplas mais famosa da Musica Popular Brasileira, Gerson Filho e Clemilda. Foram 28 anos de grandes momentos, conforme, certa feita ela me dizia.
Sábado dia 24 do corrente, tive a honra de ser convidado pelo Instituto Histórico de São José da Lage, que tem uma proposta de resgatar a contribuição de seus artistas e de todos que tem contribuído para a cultura desta cidade, com tanta personalidades, em especial na música, com nomes como Clemilda, João e Didha Lira, Claudio Rios, Dolla do Acordeon, Zé Mocó entre tantas figuras importantes da cultura que margeia o Mundaú e os Quilombos dos Palmares.
Não resta dúvida do respeito e do carinho do povo de São José da Lage por sua Rainha. Quero aproveitar para agradecer ao Professor Ronaldo de Andrade e a família Lira pelo convite para fazer uma palestra sobre A Vida e Obra de Clemilda e exibiu o Filme “Clemilda Morena dos Olhos Pretos” do cineasta sergipano o nosso querido Isack Dourado, no Instinto Histórico desta cidade.
Foi sobre a influencia do Reizado, Guerreiro, Coco, Pastoril, de sua infância vivida entre São José da Lage e Palmeira dos Índios que forjou o sentimento alagoano e nordestino da sua musicalidade, que marcou a vida desta lagense que é orgulho de toda a nação forrozeira mundo afora.