Colaboração: José Batista Alves – doado pelo autor para o acervo pessoal de José Lessa. Conversão para mp3 e texto: José Lessa
Tive o prazer de conhecer o pesquisador pernambucano José Batista Alves em final de 2009, a pedido do compositor Marcondes Costa foi com ele a casa do amigo Torotó do Rojão pois pretendia gravar uma entrevista com este grande artista alagoano. Não oportunidade falei para o Batista que estava começando a escrever um livro sobre a vida deste genial sanfoneiro de 8 Baixos que hoje completaria 88 anos se tivesse vivo, e para minha supresa não sabia da admiração de José Batista pelo Rei e em seguida me prometeu mandar este presente que estou presenteando a todos os brasileiros e admiradores desta lenda do forró pé de serra.
Nesta entrevista Gerson Filho esclarece alguns pontos que durante muitos anos não havia um posicionamento sobre alguns fatos da história do forró pé de serra. Prestem atenção que quando José Batista pergunta a Gerson Filho sobre seus pseudônimos Gerson respondeu que usou os seguintes: Penedo, Baianinho da Sanfona e Zé Piaba. Outro fato a ser pesquisado é qual foi sua primeira composição e o mestre afirma que foi um forró aos 12 anos de idade que o editou colocou no selo do disco como sendo um baião “Choveu em Minha Roça” titulo dado pelo produtor e que eu já questionava junto a amigos que se tratava da primeira gravação de um forró como gênero musical em 1953 pela Todamérica, escutem com atenção Choveu em Minha Roça e tenho certeza que não terá dúvidas que além de “Quadrilha na Cidade” primeira obra do gênero, Gerson também foi o pioneiro da sanfona de 8 baixos, da Quadrilha, do Forró e naturalmente com diz Leo Rugero foi também o primeiro a gravar o primeiro Baião em 8 baixos “Cantingueira do Sertão”.
Este trabalho de José Batista vai ser publicado em 3 Vol. seguidos, hoje no 1 Parte você vai ouvir alguns fatos polémicos e onze composição da Todamérica que ira prosseguir completando todos os 78 RPM desta gravadora que infelizmente hoje não mais exixte e que projetou Gerson Filho no cenário nacional. Nela Gerson fala do nomes dados a cada composição, de seus parceiros, bem como as primeiras gravações com letra, deste solista.
Amanhã teremos o vol. 2 e sucessivamente publicaremos a última parte em que você vai ouvir algumas composições gravada ao vivo sem acompanhamento. Obrigado amigo Batista por imortalizar o maior sanfoneiro de 8 baixos e ajudar a derimir algumas dúvidas sobre a vida de Gerson Filho.
Viva o 12 de Maio.
Viva Gerson Filho pelos seus 88 anos.
Viva www.forroalagoano.com pela passagem dos seus 3 anos de luta em defesa do genuíno forró pé de serra.
Entrevista concedida por Gerson Filho
a José Batista Alves
Aracaju-SE – 29- 07-1989
01. Quadrilha da Cidade (Gerson Filho)
02. Catingueira do Sertão (Gerson Filho)
03. Choveu na Minha Roça (Gerson Filho)
04. Maracanã – (Gerson Filho)
05. Canaã – Rancheira (Gerson Filho)
06. Mangaba – Forró (Gérson Filho)
07. Baião do Soldado, (Gerson Filho – Antonio Filho) cantado
08. Baião em Caxias (Estanislau Silva – Gerson Filho – Agnaldo Assis) cantado
09. Baião Imperial (Gerson Filho)
10. Casa Velha (Gerson Filho)
11. Devagar que o andor (Gerson Filho – Salvador Micelli)
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