O forró está em processo de ser reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Este fato é algo bastante significativo para os forrozeiros, haja vista que o reconhecimento das matrizes forró, ou seja, xote, baião, xaxado, rojão, quadrilha e arrasta pé como um  Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil fortificará a luta dos amantes desse gênero musical,  por mais espaços  nos eventos culturais institucionais, bem como por políticas públicas voltadas para ações  que incentivem esta arte, que afinal  é uma das referências culturais do nordeste e do Brasil.

           E para nossa alegria, Alagoas é o berço do forró, é o ventre que gerou tantos talentos que representaram e representam esse movimento cultural a exemplo de Gerson Filho, pioneiro na gravação com sanfona de 8 baixos e criador da quadrilha, como gênero musical, Zé Cândido, autor de Carcará, Clemilda, a Rainha do Forró, Augusto Calheiros, pioneiro na gravação de Baião, Luiz Wanderley , autor de Coronel Antônio Bento, sucesso na voz de Tim Maia,  Jacinto Silva, João do Pifé, esses da velha geração que ajudaram a escrever a história do forró, e os da nova geração, a exemplo de mestre Zinho, considerado pelo próprio Gonzagão como seu substituto,  Messias Lima, Sandoval, Genaro, Geraldo Cardoso, Xameguinho, Tião Marcolino, Pinóquio do Acordeon, para citar alguns.

              O forró, naturalmente não a única manifestação cultural do nordeste, mas sem dúvida é uma das mais relevantes, e seu  momento de  maior visibilidade ainda  é o período em que se realizam os festejos juninos, que sem dúvida é a maior e mais importante manifestação cultural nordestina.

               Hoje é dia de São Pedro, meu coração esta enlutado, pois na Capital do Estado de Alagoas, Maceió, não foi possível, pela insensibilidade de seu Gestor, o Prefeito Rui Palmeira, a realização desse grande evento, que face a conjuntura econômica que estamos vivenciando não é apenas uma manifestação cultural, mas um momento onde se pode gerar emprego e renda, pois além dos músicos e suas famílias, que têm no período dos festejos juninos sua melhor expectativa de ganho financeiro, em torno dos festejos juninos, circulam inúmeros pequenos negócios.

               É  isso família forrozeira, enquanto os forrozeiros lutam para transformar o forró em Patrimônio  Cultural Imemorial do Brasil,  outros trabalham pelo retrocesso, pela morte da mais legítima tradições nordestina.

Rosiane Pedrosa

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