O forró alagoano vive um bom momento. Pernambuco adotou uma política para os seus carnavais, além das homenagens que são de praxe, criou-se uma política para divulgar outros ritmos musicais no período momesco, que é o “Carnaval Multicultural de Pernambuco”. Nessa janela entra o rock, o pop e principalmente o forró. A finalidade é mostrar as potencialidades musicais aos milhares de visitantes que aportam no Recife e Olinda. No último carnaval dentre os convidados para o Pólo Marco Zero, que desfilou os maiores nomes da música regional, estava o forrozeiro alagoano, Gerado Cardoso, levando ao grande palco da música nordestina, um pouco da música de Alagoas, coisa que ele sabe fazer muito bem. Nos seus discos já tiveram parcerias com Nando Cordel e o grande Flávio José.

O maior momento da nossa música é vivido por Eliezer Setton que depois de ter músicas gravadas por Osvaldinho do Acordeon, Mastruz com Leite, Zinho e Santana, emplacou o ano de 2010 com o registro de uma bela música cantada pela maior intérprete da música nordestina, Elba Ramalho, que no seu último disco, Balaio de Amor, resolveu fazer uma seleção de feras da composição nordestina, claro, não faltou Jorge de Altinho, Flávio Leandro, Xico Bezerra, Alcioli Neto e tantos outros e por último há apenas dois meses Gilberto Gil depois de anos sem gravar lança mais um álbum com uma das faixas tendo a participação de Setton em parceria com Targino Gondim.

Não podemos deixar também de lembrar do saudoso Mestre Zinho que sempre levou o nome de Alagoas por onde andou até os últimos dias da sua jornada e de Jacinto Silva, esse Palmeirense que apesar de ter encontrado aparato para sua arte na cidade de Caruaru, nunca negou sua origem levando sua música recheada de referências telúricas e que teve uma grande homenagem do cantor pernambucano Silvério Pessoa, gravando o primeiro disco da sua carreira solo totalmente com músicas do Jacinto, inclusive com participação dele em uma das faixas e com isso dando uma difusão maior da sua música do Jacinto e das raízes musicais da terra caeté.

Para os amantes do forró e que torcemos pelo sucesso e sobrevivência desse estilo, só podemos dizer, VIVA O FORRÓ!

Eraldo Cavalcante

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