Aos amigos Herbert Lucena e Nilson Araújo.

O forró está de luto
Com a morte do Mestre Zinho.

Alagoas que pariu
Uma voz tão poderosa
Agora vive chorosa
Pelo filho que partiu
Quem o seu forró ouviu
Irá lembrar com carinho
Do famoso passarinho
De um canto absoluto
O forró está de luto
Com a morte do Mestre Zinho.

Triangulista exemplar
Do trio “Os 3 do Nordeste”
Cantou de forma inconteste
As coisas do seu lugar
Cantava sem bambear
Coco, forró ou chorinho
Partiu sem deixar no ninho
Um novo substituto
O forró está de luto
Com a morte do Mestre Zinho.

Os sucessos de outrora
Que a gente arrastava o pé
Lembro de “Amor com café”
Também “Da boca pra fora”
“Cama fofinha” inda mora
No meu peito num cantinho
“Falador” tá caladinho
Mas lamenta em seu reduto.
O forró está de luto
Com a morte do Mestre Zinho.

A pacata Rio Largo
Perdeu metade do brilho
Quando soube que seu filho
Não mais ocupava o cargo
Aquele sabor amargo
Que vem com o desalinho
Encravou mais um espinho
No coração do matuto.
O forró está de luto
Com a morte do Mestre Zinho.

Findou-se aqui sua saga
Hoje vive na amplidão
Compondo mais um baião
Junto ao seu mestre Gonzaga
Entre nós ficou a vaga,
O triângulo prateadinho
Que é mais que um pedacinho
De aço torcido e bruto.
O forró está de luto
Com a morte do Mestre Zinho.

Autor: Wellington Vicente
Porto Velho, 16/02/2010.

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