Joci Batista, Gennaro Sanfoneiro, José Lessa e Messias Lima no II Noite do Forro Alagoano. Foto Marcos Lima.
É inegavel a contribuição a História do forró pé de serra por parte de Joci Batista, alagoano, natural de Penedo, porém registado no Município de Igreja Nova-AL, nascido no dia 20 de março de 1934 e faleceu na cidade do Recife no dia 27 de dezembro de 2012. Joci foi realmente o primeiro forrozeiro a fazer sucesso em São Paulo, amigo pessoal e empresário de Luiz Gonzaga, compadre de Luiz Wanderlei e Jackson do Pandeiro, que muito o influenciou na sua carreira musical. Conheci Joci Batista em 1969 na Rádio Difusora de Sergipe no Programa Forró no Asfaldo comandado pelo também penedense Gerson Filho e por Clemilda, que ainda hoje comanda o programa na Rádio e TV Aperipê (Antiga Rádio Difusora). Joci é o que podemos dizer, não era aprenas um forrozeiro, mas o considero uma instituição do forró pé de serra.
Joci Batista começou muito cedo sua vida artistica, aos 10 anos de idade já era Mestre de Reizado e Coco, e ainda muito jovem foi vaqueiro e aboiador reconhecido na região. Foi um artista que teve a influencia decisiva dos costumes vivenciado pelos nordestinos, do homem do campo, do terreiro da fazenda e das mais legítimas manifestação do folclore Nordestino.
Joci Batista fazendo uma apresentação no Programa do radialista Humberto Maia, sendo acompanhado por Xameguinho (sanfona) Zé Mocó e ao lado o jovem sanfoneiro Anderson Fidelis. Foto Marcos Lima,
Ainda muito jovem, transferiu-se para São Paulo, como milhares de nordestinos na busca do sucesso, de vencer na vida e depois voltar a terra natal. Trabalhou na construção civil, mas não demorou muito e em pouco tempo o artista se revela e a vida começou a se transformar. Conheceu Dona Biu que tinha um restaurante e pensão que servia o melhor da culinaria nordestina e transformou-se no recanto do artista nordestinos que Joci a imortalizou com sua música.
Joci Batista, José Lessa, Xameguinho e o cantor e Compositor Genival Meneses – II Noite Forró Alagoamo – 12-05-2012 – Foto Marcos Lima,
Joci era um show men e em pouco tempo transformou-se em um artista de renome nacional, sua fama correu pelos quatro cantos do Brasil, gravou cerca de 20 LPs, e compactos e percorreu o Brasil afora, nos circos, cinemas, feiras, comicios. Figura simples e humana, portém de temperamentol forte, não era de levar desaforo, o que o levou a brigar com diversar gravadoras, fato este que o levou em algunss momentos, a ficar sem gravadora, passando a dedicar-se a seus shows e empresariar varios artistas como: Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Luiz Wanderlei entre outros forrozeiros, além de Valdick Soriano, José Augusto Sergipano e Paulo Sérgio, só para citar alguns.
Joci Batista, Antonio Filho, Toinho da Vodka Slova e o cantor Zé Moco. Foto Marcos Lima
Na vida as vezês as coisas acontecem parece que por acaso, mas esses acasos nos leva a percorrer caminhos jamais imaginados ou planejado e assim foi o que aconteceu com Joci quando conheceu dona Dilmar Sampaio. Ja fazia alguns minutos e ambos tentavam falar, pelo telefone, com Jorge Paulo, radialista e político paulista, e o telefone do Jorge só dava ocupado;Joci perguntou a Jovem que tentava e não conseguia lograr êxito em sua tentativa de falar ao telefone ao lado, será que não estamos ligando para a mesma pessoa e a linha esteja se cruzando, e ela respondeu que estava ligando para o Jorge o mesmo que ele estava tentando. Foi a partir desse momento que chegaram a um consenso e ambos lograram não só o exito de falar com o Jorge, como também com o surgimento de uma relação de amor que durou 32 anos, que veio a gerar o xodo dos dois, a amiga Jocilmar Batista. filha única de uma união que durou anos, só findando com o falecimento de Joci. Parece um sonho, é verdade, mais Joci continua vivo, pois sua música o imortalizou entre nós.
Messias Lima, Joci Batista, China, Genário e Zé de Princesa (sanfoneiro) Foto Marcos Lima
Passaram alguns anos, voltei a encontrar Joci em Penedo, quando me refugiava na casa de meu saudoso pai, nos momentos de perseguições, na época ainda da ditadura. Depois de alguns anos ressolvir fazer o www.forroalagoano.com e ao Postar o LP Juazeiro Verde, Jolcimar, que eu ainda não a conhecia, me mandou um e.mail agradecendo. Foi a partir desse momento que refiz o contato com Joci e ele generosamente veio participar do I e II aniversário do nosso site, sem cobrar nenhum cache, tornando-se a partir daí, mesmo nos momentos mais dificeis do site, um grande incentivador desse projeto, que visa o resgate da contribuição que os artistas alagoanos deram a história do genuino forró pe de serra.
4 comentários em “Joci Batista: Uma Bandeira das Tradições Nordestina.”
Adorei, ele era amigo do meu pai. ;eraum velhinho muito alegre, parecia mais um jovem
É verdade, Joci tinha mais energia que muitos jovens.
O forró ficou mais pobre com a perda do amigo Jocí Batista.Cantor compositor, e empresário de grandes artistas ,Pessôa de alma nobre, sempre pronto a ajudar a quem prescisase. E viva o forró alagoano e Nordestino.
ESTE É JOCI BATISTA QUE LUTOU, LEVOU LONGE O NOME DE ALAGOAS ATRAVES DA MUSICA, GRANDE GUERREIRO DESCANÇA EM PAZ , OBRIGADO POR TUDO…