O dia 22 de agosto, é dedicado as comemorações ao Folclore Brasileiro. Essa data, é muito importante, pois o folclore, conforme Câmara Cascudo, em sua obra Folclore do Brasil (1967) “é um condensado das heranças populares e da cultura de um povo”.
E foi pensando em: “Assegurar a mais ampla proteção as manifestações da criação popular, não só estimulado sua investigação – estudo, como ainda defendendo a sobrevivência dos seus folguedos e artes, como elo valioso da continuidade tradicional brasileira.” (BRASIL, 1965), que o Congresso Nacional, instituiu, através do Decreto nº 56747, de 17 de agosto de 1965, o dia 22 de agosto, como o dia do Folclore Brasileiro.
Da instalação desse decreto até os dias de hoje, muitos fatos já ocorreram, em desfavor do folclore e da cultura popular brasileira, em dias recentes, para citar exemplo, a cultura no Brasil sofreu mais um duro golpe, com o fim do Ministério da Cultura, um dos primeiros atos do novo Presidente da República Federativa do Brasil.
No entanto, na luta pelo resgate e preservação do patrimônio cultural imaterial do Brasil, muitos abnegados guerreiros têm, no decorrer da história, se apresentado para lutar, e Alagoas, terra onde o Guerreiro mora, constitui-se em um verdadeiro celeiro de artistas que defendem e levam nossa cultura e tradições culturais para o Brasil e para o mundo.
Quero nesse dia 22 de agosto, dia do Folclore, fazer referência a Clemilda, considerada a Rainha do Forró, que, apesar de possuir uma discografia composta por cerca de 45 trabalhos discográficos, entre LPs e CDs, ainda é desconhecida para muitos alagoanos. Ninguém melhor do que Clemilda cantou todas as manifestações do folclore nordestino, coco, guerreiro, reisado, pastoril, vaquejada, fandango, xaxado, baião, quadrilha, sendo pioneira em incorporar o forró as manifestações folclóricas.
Possuidora de uma obra profundamente influenciada pelo folclore alagoano, apresentou para o Brasil canções como: Guerreiro Alagoano; Meu Guerreiro; Reisado de São José; Reisadinho; Motivo Folclore Guerreiro; Coco de Alagoas, entre outras, além de canções nas quais Clemilda mostra ao mundo o misticismo e a religiosidade do povo alagoano, a exemplo do bendito Biata Mocinha, bem como diversas canções de vaquejada, manifestação do folclore de Alagoas, ao qual Clemilda dedicou o LP “Vaquejada”, com músicas como, Festa de Vaquejada; Saudade de Vaquejadas; Nordeste em Vaquejada, entre outras.
Sendo assim, parabenizo o Folclore alagoano e a todos que estão engajados na luta por sua preservação e resgate, fazendo minhas homenagens a grande e eterna Rainha do Forró, Clemilda Ferreira da Silva, agradecida pelo seu trabalho em defesa e difusão da cultura alagoana e nordestina.
Salve Clemilda , nossa eterna Rainha do Forró !!!
Viva o dia 22 de agosto, dia do Folclore Brasileiro !!!